Segurança x Monotonia: Cuidado com a zona de conforto!

Enviado em 28 d novembro d 2009, sob Sentido de vida

BarcoPor Isabella Bovendorp

Sempre acreditei que nossa vida necessitasse de constante atenção, mesmo depois de conquistado o que sempre havíamos sonhado. Por exemplo, um parceiro bacana, filhos, trabalho compensador, casa, carro e por aí vai. Mas, depois de conquistada a tão sonhada estabilidade e segurança, nossa vida parece não ter mais o brilho e viço transmitido pela curiosidade e insegurança (boa) do desconhecido. E isso merece nossa atenção.

A sensação de já ter conquistado muita coisa (o que é ótimo), não deve ser confundida com a idéia de que já se sabe tudo, ou de que não há nada mais para conquistar na vida. Isso seria como a morte. Seria como se não tivéssemos mais sonhos e pensando assim já não teríamos mais uma vida com emoção e vitalidade, ou até mesmo um sentido para viver.

Abaixo um trecho bem interessante do livro “O prazer de viver light”, de Lucília Diniz que fala claramente a experiência da própria autora sobre esta situação.

Um dia era sempre igual ao outro. Eu navegava em águas tranqüilas. Conhecia as ondas de cor. Achava que perto de mim já havia tudo aquilo com que as pessoas sempre sonhavam. Era seguro , estável. Mas, aos poucos, foi ficando monótono. Mar sem vento não leva a lugar algum. Tomei coragem, levantei as velas e saí daquela calmaria. Voltei a sentir a brisa no meu rosto e uma certa insegurança diante do desconhecido. Pus o meu barco na direção do vento para ver aonde ele me levaria. Se você escolhe bons caminhos na vida, o vento sopra a favor e o conduz ao lugar certo. Tinha certeza de que teria forças para superar cada desafio da travessia. O tempo foi me mostrando que eu não estava errada. Enfrentei tormentas, águas turbulentas, mares revoltos. Eu segurava firme o leme e não saía do rumo certo. Deixei em águas profundas o que não me servia mais. Resgatei do fundo do barco os objetos úteis, que estavam esquecidos num canto qualquer. Descobri outras paisagens, mais belas do que eu havia imaginado. Passei a sentir sensações novas. As emoções retornaram ao meu corpo. Pude desfrutar a vida e tudo de bom que ela tem a oferecer. Tornei-me uma mulher mais plena. E, assim, continuo navegante até hoje. Nada pior do que ficar em água parada, vivendo a vida sem emoção. As pessoas precisam ter planos, desafios, para continuar sempre evoluindo.

Fique atento. Se a sua vida já não lhe transmite mais emoção e aquele típico frio na barriga, é preciso parar um momento e analisar se não é hora de buscar novos horizontes, de repensar sua vida, seus objetivos, seus sonhos, suas aspirações. Lembre-se de que o universo gosta de movimento. Deixar sua vida “parada” é um desperdício com você e com o mundo.  Evitar a tristeza também é afastar a alegria! É preciso correr riscos (conscientes). Viva!

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Foto: Rui Feix

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